terça-feira, 18 de outubro de 2011


“De forma inesperada, restou-me forças. Aquela força que impulsiona-me a acordar e encoraja-me a levantar e sair dos sonhos que refugiam-me dessa realidade. Liguei a televisão, e passava um programa de fama, em que a vida alheia era seu foco. No momento eles davam ênfase em uma cantora que caiu em seu show, e isso custou-lhe um roxo em sua perna. O mundo todo parou para discutir a dor que a cantora sentira ao cair, essa dor propriamente dita pela ‘vítima’. Balancei a cabeça, inconformada. Mudei de canal, e impaciente, desliguei a tv. Encabulava-me saber que enquanto o mundo inteiro parava para ver e discutir uma simples dor física de alguém, ninguém sequer ousava-me perguntar se algo em mim doía. Eu não havia roxos pelo corpo, mas a alma e o coração, assim como vidro, estavam em pedaços..”

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