segunda-feira, 18 de julho de 2011



Ao acordar eu tinha o travesseiro molhado, o rosto completamente amassado, e os cabelos degrenhados. Eu fazia a promessa: Essa noite não irei chorar. Mas nunca funcionava. O dia inteiro eu sorria, se mostrava firme, forte. Eu o via com ela e não falava nada. Eu pegava uma maça e dava uma lerda mordida, e então desistia de come-la pois sabia que iria doer. Eu andava pela rua, sentindo as gotas da chuvas sobre o meu corpo, me abraçava para não sentir o frio. Quando chegava em casa se trancava no quarto, e então deitava. Nessa hora era impossível não existir lágrimas.“Como pode doer tanto?” - Era a unica coisa que eu conseguia pensar. - E chorava, chorava e chorava. E no fim, depois de tantas lágrimas dormia. Dormia com a intenção de que passasse.Dormia com a intenção de esquecer aquela dor toda. Dormia com a intenção de que ela nunca o tivesse conhecido. Dormia com a intenção de que tudo aquilo acabasse, mas não, nunca acabava.

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